segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Frota reduzida no 1º dia útil-número reduzido de ônibus circulando no município devido a greve.

Frota reduzida no 1º dia útil

Dulcides Netto
Foto: Genilson Pessanha
A cidade de Campos amanheceu nesta segunda-feira (29) com o número reduzido de ônibus circulando no município devido a greve, por tempo indeterminado, dos rodoviários, iniciada às 0h01. Na última quinta-feira (25) o presidente do Sindicato Roberto Virgilio informou que a greve seria iniciada a zero hora de domingo, o que não aconteceu. No domingo (28) em contato telefônico com a Folha ele deu outra informação e atribuiu o fato um mal entendido. Já nesta terça-feira (30), bancários cruzam os braços, reivindicando reajuste de 12,5% total, que seria a reposição da inflação e mais 5% de aumento real, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o aumento do vale refeição pra 1 salário mínimo.
De acordo com o presidente do sindicato dos rodoviários, Roberto Virgílio, o setor vai cumprir a liminar concedida pela juíza Fernanda Stipp, da 4ª Vara Cível, que atendeu ação impetrada pela Procuradoria do Município, determinando que 40% dos ônibus estejam nas ruas enquanto durar o movimento grevista. E no próximo domingo (5), dia das eleições em todo o país, a Justiça determinou que 100% da frota circulem no município, para não prejudicar o pleito. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 20 mil. A categoria reivindica reajuste de 17%, cesta básica, não desconto do cobrador em caso de eventuais assaltos, plano de saúde e uniforme gratuito. Somente duas empresas não participam da greve, Campos Tur e Brasil. Segundo Roberto Virgílio, os empresários das duas teriam reajustado os vencimentos de seus funcionários.
— Vamos atender a determinação da Justiça, e apenas 40% da frota vai circular no município. No próximo domingo, todos vão trabalhar. Já na próxima segunda-feira (6), voltaremos com os 40% da frota novamente. Estamos há mais de um ano nessa luta para garantir o direito dos trabalhadores. A população mais uma vez terá transtorno, mas espero que todos entendam o lado do trabalhador. Não queremos prejudicar ninguém. Por enquanto, não houve nenhuma conversa ou entendimento por parte dos empresários com a categoria — relatou Roberto Virgílio.
Em abril deste ano, os rodoviários cruzaram os braços por uma semana. Eles voltaram ao trabalho após o Ministério Público Estadual retirar veículos das empresas e a Prefeitura oferecer transporte gratuito à população.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Campos (Setranspas) divulgou ter sido informado sobre a paralisação, mas que “considera a possibilidade de greve improcedente, visto que tramita na Justiça, o julgamento do dissídio coletivo da categoria”. O setor também disse estar aberto ao diálogo com a categoria, mas reiterou que as empresas enfrentam dificuldades com defasagem das tarifas em 70% e que, por isso, não teria como atender as reivindicações neste momento. Já a prefeitura, num vídeo veiculado no site do órgão, informa que vai fiscalizar o cumprimento da decisão judicial para assegurar o serviço essencial de transporte à população. Além disso, o governo municipal declarou também que está rigorosamente em dia com o pagamento da passagem social a R$1.
Bancários param os serviços na terça
No último sábado (27), na oitava rodada de negociação da Campanha 2014, em São Paulo depois de as assembleias massivas em todo o país terem decretado greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (30), a Fenaban apresentou uma nova proposta, que o Comando Nacional dos Bancários já considerou insuficiente, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos. Não houve avanço nas negociações e a greve está mantida.
Além disso, a proposta ignora completamente as reivindicações sobre emprego, condições de trabalho, principalmente metas abusivas e assédio moral, segurança e igualdade de oportunidades. Diante disso, o presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Hugo Diniz, informa que a paralisação dos serviços bancários está mantida para terça.
— Não tivemos uma proposta satisfatória. Por isso o Comando mantém o calendário aprovado anteriormente e vamos parar e pressionar os bancos a apresentar uma proposta que seja digna. Como está não podemos aceitar. Amanhã vamos nos reunir para definir o movimento — disse Diniz.
29/09/2014 11:00

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